segunda-feira, 3 de maio de 2010

I Am Iron Man

Iron Man é uma série curiosa. Bem, não guardo aqui sentimentos pela famosíssima série em HQ’s ,já que não a conheço nem jamais a li. Quero tratar da série cinematográfica. Cuja mais sequência, Iron Man 2, chegou recentemente aos cinemas do mundo todo.

Através de pesquisa, soube que nas HQ’s Tony Stark (o Homem de Ferro) sempre é um playboy rico, dono da bélica Stark Industries, e que o seu criador, Stan Lee, o desenvolveu para esboçar no papel sua visão acerca do Comunismo. E, como no filme, o herói começ a sendo capturado por vilões de origem diversa, com o intuito de fazê-lo construir armamento pesado em seu favor. A situação não vai longe: logo Tony constrói uma armadura especial e escapa do coração do lado malvado da história, “tiranu onda”.

Bem, no decorrer dos anos, os oponentes do Homem de Ferro deixam de ser comunistas e seguem aquela sequência lógica da rotina americana: Comunistas, Crime Organizado, Terrorismo... Não obstante, foi isso que me chamou atenção.

O filme Homem de Ferro foi lançado em 2008 para um sucesso de crítica raríssimas vezes alcançado por um filme baseado em quadrinhos. Foi ovacionado como a mais sublime e universal adaptação já feita de uma História em Quadrinhos. Bem, sabendo da premissa da HQ, logo se vê o por quê: o Homem de Ferro é um dos mais interessantes super heróis, pois seu apelo não encontra limites temporais: o Homem de Ferro sempre surgirá, enquanto o homem estiver em guerra. O Homem de Ferro é o sentimento de que há uma batalha à ser vencida. Tony Stark, aquele bem sucedido bon vivant que é forçosamente alienado de seu lar pelas forças do mal, e que percebe então seu dever para com uma causa maior: a paz.

Eufemismos à parte, como todo super herói, o Homem de Ferro é mais uma supremacia enlatada. Enlatada como sardinha, e vendida para satisfazer a necessidade dos jovens de ver desenrolarem situações épicas com as quais eles possam se relacionar. Mas mais original ainda, Iron Man evoca a guerra. A armadura multi-uso de Tony Stark, e suas mil utilidades, cada uma mais belicosa que a outra. E oras, justo quando os EUA estão em uma de suas mais polêmicas guerras, eis que Iron Man surge novamente. Sua armadura brilhante, risca o céu, velocidade fora de sério, rumo ao leste, onde pousa e salva famílias estrangeiras da sua própria parafernalha Stark Industries.

Senhores, 2 anos atrás Iron Man surgiu com uma proposta mais do que austera. É um filme completo, com atitude. Mas dizer dele apenas isso é incorrer em erro; o que não dizer da atuação do sr. Robert Downey Jr.? Um ator com um histórico vertiginosamente decadente, que nos tempos mais recentes atuava em filmes fracassados por meio de favores, também ele se ergue de sua cova, agarrando com unhas e dentes o seu personagem. Com uma atuação excelente, ele transcende seu papel e merece a sua frase-sensação: “I am Iron Man!”. Ele sozinho dá pique ao filme e faz com que o canastrão Tony Stark se torne um personagem realmente carismático. Pois é, sr. Downey Jr., you are Iron Man.

Da recente sequência, pouco a se dizer. O filme abandonou os preceitos anti-armamentistas na tentativa de abraçar uma premissa que chega a ser irritante: o ego de Tony Stark explodiu e agora ele parece achar que o planeta não é mais importante que sua sombra. E nesse sentido, ele crê ter privatizado a paz mundial. O que é bem bobo, se vocês me perguntarem.

Comentários profundos à parte, pode-se esperar grandes atuações de Robert Downey Jr, do Samuel L. Jackson, e até mesmo algumas cenas de ação cheias de testosterona e adrenalina. Algumas risadas também.

E, novamente, uma cena escondida após os créditos =)

Um comentário:

  1. Iron Man, realmente, espetacular, agora Iron Man 2?! a irmã leprosa e deficiente, tão profundo quanto uma poça de cuspe. Filme tão chato que dormi, ronquei e sonhei com um final que valesse a pena, que ficou apenas no plano das idéias mesmo. Mas frases como: " esse míssil é tão poderoso que destruiria um Bunker dentro de outro Bunker, e se fosse mais inteligente escreveria um livro" HAUHA é...

    ResponderExcluir